Uma reunião em Madri na noite desta terça-feira (29) esfriou as negociações entre a CBF e o técnico Carlo Ancelotti, que parecia próximo de assumir o comando da Seleção Brasileira.
Após demonstrar interesse em aceitar o convite da entidade brasileira, o treinador italiano passou a negociar com o Real Madrid a possibilidade de encerrar seu contrato antes do prazo — que vai até junho de 2026.
O ponto de atrito surgiu justamente nessa tentativa de liberação. Ancelotti deseja receber uma compensação financeira próxima de 25 milhões de euros (cerca de R$ 160 milhões), valor correspondente ao que teria direito até o fim do vínculo, como se fosse uma demissão formal. Já o clube espanhol sinaliza que pode liberá-lo ao término da temporada 2024/25, mas sem qualquer indenização.
A CBF acompanha o impasse à distância, ciente de que a situação está longe de ser resolvida. O presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, encara a reunião desta quarta-feira entre Ancelotti e Florentino Pérez como um ponto final: se não houver acordo, a confederação deve encerrar as tratativas de vez.
Enquanto isso, Jorge Jesus volta a ser considerado como principal nome para assumir o comando da Seleção. O treinador do Al Hilal já era o favorito da CBF no início do ano, antes mesmo da demissão de Dorival Júnior, mas acabou preterido após Ancelotti sinalizar positivamente.
Com o atual cenário indefinido e desgastante, Jorge Jesus ressurge como favorito. Pessoas próximas ao treinador português indicam que ele mantém vivo o sonho de treinar o Brasil e está pronto para assumir o cargo de forma imediata.
A recente eliminação do Al Hilal na Liga dos Campeões Asiática, após derrota para o Al Ahli, facilitou ainda mais uma possível saída. Jorge Jesus está disponível e aguarda apenas o convite oficial da CBF para dar início ao planejamento visando a Data Fifa de junho.
Para Ednaldo, anunciar o português pode representar uma solução rápida e eficaz para encerrar a novela e reduzir a pressão que a demora na escolha do novo técnico vem provocando.
